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Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de
Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram
criados durante as Cruzadas. O termo é também usado, por
extensão, para descrever, de forma acrítica, qualquer guerra
religiosa ou mesmo um movimento político ou moral.
O termo cruzada não era conhecido no tempo histórico em que
ocorreu. Na época eram usadas, entre outras, as expressões
"peregrinação" e "guerra santa". O termo Cruzada surgiu porque
seus participantes se consideravam soldados de Cristo,
distinguidos pela cruz aposta a suas roupas. As Cruzadas eram
também uma peregrinação, uma forma de pagamento a alguma
promessa, ou uma forma de pedir alguma graça, e era
considerada uma penitência.
Por volta do ano 1000, aumentou muito a
peregrinação de cristãos para Jerusalém, pois
corria a crença de que o fim dos tempos estava
próximo e, por isso, valeria a pena qualquer
sacrifício para evitar o inferno.
Incidentalmente, as Cruzadas contribuíram muito
para o comércio com o Oriente.
As Cruzadas receberam esse nome pelo simples
motivo das expedições terem em suas bandeiras
símbolos de cruz. Até mesmo as roupas tinham
grandes cruzes vermelhas ou pretas estampadas. As
espadas eram, na verdade, cruzes de ferro. Também
os escudos e elmos tinham este símbolo. Que
serviam não somente como identificação, mas
como proteção espiritual aos cavaleiros.
As cruzadas
partiram de
vários pontos
da Europa e
invadiram o
Império
bizantino, até
chegarem a
Jerusalém,
pilhando e
matando os
mulçumanos
em nome da
ideia de
reconquista
da Terra
Santa
A PRIMEIRA CRUZADA
O teatro da
primeira cruzada
e das demais.
O mapa mostra a
expansão árabe
por volta do
século X
ÁFRICA
DOMÍNIO CATÓLICO CRISTÃO
DOMÍNIO DO ISLÃ
DOMÍNIO CATÓLICO ORTODOXO GREGO
ROTA DA PRIMEIRA CRUZADA
A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095
pelo papa Urbano II com o objetivo duplo de
auxiliar os cristãos ortodoxos do leste e libertar
Jerusalém e a Terra Santa do jugo muçulmano.
Na verdade, não foi um único movimento, mas
um conjunto de ações bélicas de inspiração
religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a
Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.
Começou com um apelo do Imperador Bizantino
Aleixo I Comneno ao papa para o envio de
mercenários para combater os turcos seljúcidas na
Anatólia. Mas a resposta do cristianismo ocidental
rapidamente se tornou em uma verdadeira migração
de conquista territorial no Levante. Nobreza e povo de
várias nações da Europa Ocidental fizeram a
peregrinação armada até à Terra Santa, por terra e por
mar, e tomaram a cidade de Jerusalém em julho de
1099, criando o Reino Latino de Jerusalém e outros
estados cruzados.
A Primeira Cruzada representou um marco na
mentalidade e nas relações de cristãos
ocidentais, cristãos orientais e muçulmanos.
Apesar das suas conquistas terem eventualmente
sido completamente perdidas, também foi o início
da expansão do ocidente que, juntamente com a
Reconquista da península Ibérica, resultaria na
aventura dos descobrimentos e no imperialismo
ocidental.
A SEGUNDA CRUZADA
A Segunda Cruzada foi uma expedição bélica
dos cristãos do ocidente, proclamada pelo
papa Eugénio III em resposta à conquista de
Edessa aos cristãos do Levante pelo
governador muçulmano Imad ad-Din Zengi
em 1144. Pregada pelo carismático São
Bernardo de Claraval, ocorreu entre 1147 e
1149 e foi a primeira cruzada liderada por
monarcas europeus: Luís VII de França,
Leonor da Aquitânia e Conrado III da
Germânia.
Revelar-se-ia um fracasso absoluto: os cruzados não
reconquistaram Edessa nem nenhuma outra praça e
deixaram o Reino de Jerusalém em uma posição política
mais fraca na região; ao atacar a cidade-estado
independente de Damasco que pontualmente se aliava
aos ocidentais contra outros líderes muçulmanos mais
poderosos, ajudaram à unificação do mundo islâmico do
Levante sob o apelo à jihad. Isto acabaria por trazer
enorme poder a líderes como Nur ad-Din e Saladino,
culminando com a conquista de Jerusalém por este
último em 1187.
A única vitória para os guerreiros cristãos nesta
cruzada faria parte do movimento da Reconquista da
Península Ibérica, e dever-se-ia à participação de
uma frota na conquista de Lisboa em 1147, sob a
solicitação de D. Afonso Henriques, o primeiro rei
de Portugal.
Durante a Primeira Cruzada, os nobres peregrinos
europeus criaram estados cristãos no Levante,
forjados em terras conquistadas aos povos que
dominavam estas regiões: turcos seljúcidas e
danismendidas, arménios, egípcios do Califado
Fatímida do Cairo e cidades-estado muçulmanas.
Destes estados cruzados, o Condado de Edessa era o que ficava mais a
norte, o único que não possuía região costeira no mar Mediterrâneo, e
também o mais fraco e menos povoado; como tal, era menos defensável
e estava sujeito a ataques frequentes dos estados muçulmanos
circundantes, governados por dinastias ortoquidas, danismendidas e
seljúcidas .
Em 1104, o conde Balduíno II de Edessa e o seu futuro sucessor
Joscelino de Courtenay foram aprisionados após a sua derrota na
batalha de Harã, deixando o condado na regência de um rival de
Balduíno, Tancredo da Galileia. Depois de libertados em 1108,
Balduíno e Joscelino voltariam a ser capturados em 1122, e apesar de o
poder de Edessa recuperar um pouco após a vitória na batalha de Azaz
em 1125, Joscelino morreria em campanha em 1131.
TEMPLÁRIO
O seu sucessor Joscelino II foi forçado a aceitar uma aliança com o
Império Bizantino, mas em 1143 tanto o imperador João II Comneno
como o rei Fulque de Jerusalém morreram. Uma vez que Joscelino
tinha entrado em conflito com o conde Raimundo II de Trípoli e o
príncipe Raimundo de Antioquia, Edessa ficou sem aliados poderosos
na região.
Em 1128, o atabei seljúcida Zengi de Mossul conseguira assumir
também o governo de Alepo, uma cidade essencial para o domínio da
Síria e por muito tempo disputada entre os governantes de Mossul e
Damasco. Nas décadas seguintes, Zengi e os reis latinos de Jerusalém
centraram muita da sua atenção em Damasco. Em 1129 Balduíno II
foi derrotado pelas forças damascenas aliadas a Zengi , mas quando
este último tentou tomar a cidade em 1139 e 1140, foi o rei Fulque de
Jerusalém quem se aliou a Damasco , em uma ação de diplomacia
conduzida do lado muçulmano pelo cronista Usamah ibn Munqidh .
No final do ano de 1144, Joscelino II de Edessa aliou-se aos ortoquidas
para atacar Alepo. Aproveitando a morte de Fulque no ano anterior, e
agora a saída do exército da cidade, Zengi cercou Edessa, que tomaria
em cerca de um mês, a 24 de Dezembro. O reino de Jerusalém ainda
enviou um exército para ajudar a cidade a resistir, mas este chegou
demasiado tarde.
Joscelino II continuou a governar o que restava do seu condado a partir
de Turbessel, mas o território acabaria por ser tomado pelos
muçulmanos, e posteriormente vendido ao Império Bizantino. Aclamado
pelo mundo islâmico como defensor da fé e rei vitorioso, Zengi não pôde
continuar as suas conquistas aos cristãos devido a conflitos com outros
líderes muçulmanos, e seria assassinado por um escravo em 14 de
Setembro de 1146, sendo sucedido em Alepo pelo seu filho Nur ad-Din .
Com Zengi morto, Joscelino II ainda tentou reconquistar Edessa, mas
Nur ad-Din derrotou-o em uma batalha no mês de Novembro.
Os primeiros quatro estados cruzados foram criados no Levante imediatamente
após a Primeira Cruzada:
Condado de Edessa, fundado em 1098, perdido em 1144
Principado de Antioquia, fundado em 1098, perdido em 1268
Reino Latino de Jerusalém, fundado em 1099, perdido em 1291, quando a
cidade de Acre caiu. Este tinha vários senhorios vassalos, sendo os quatro
principais:
Principado da Galileia
Condado de Jafa e Ascalão
Senhorio da Transjordânia
Senhorio de Sídon
Condado de Trípoli (na atual cidade libanesa, não na capital Líbia), fundado
em 1104, a cidade de Trípoli foi conquistada em 1109 mas o condado só foi
perdido em 1288.
O Reino Arménio da Cilicia originou-se antes das cruzadas, mas o papa
Inocêncio III concedeu-lhe o estatuto de reino e posteriormente foi sem
ocidentalizado pela dinastia francesa da Casa de Lusignan.
TERCDEIRA CRUZADA (CRUZADA DOS REIS)
Papa Gregório VII Felipe Augusto, de França
Ricardo, Coração de Leão,
da Inglaterra
Frederico barba ruiva, do
Sacro império Germânico
A Terceira Cruzada (1189-1192), pregada pelo Papa
Gregório VIII após a tomada de Jerusalém por
Saladino em 1187, foi denominada Cruzada dos
Reis. É assim denominada pela participação dos três
principais soberanos europeus da época: Filipe
Augusto (França), Frederico Barbaruiva (Sacro
Império Romano Germânico) e Ricardo Coração de
Leão (Inglaterra), constituindo a maior força cruzada
já agrupada desde 1095. A novidade dessa cruzada
foi a participação dos Cavaleiros Teutônicos.
O imperador Frederico Barbarossa, atendendo os
apelos do papa, partiu com um contingente alemão
de Ratisbona e tomou o itinerário danubiano
atravessando com sucesso a Ásia Menor. Na Cilícia,
ao atravessar o Sélef (hoje Goksu), um dos rios da
Anatólia, caiu do cavalo e, não conseguindo se
levantar devido ao peso da armadura que vestia,
morreu afogado. Da sua morte resultou, na prática, o
fim desse núcleo.
Ricardo Coração de Leão deixa a Terra Santa.
Os franceses e ingleses foram por mar
até Acre. Em Abril de 1191 os franceses
alcançam Acre, no litoral da Terra Santa,
e dois meses depois junta-se-lhes
Ricardo. Ao fim de um mês de assédio,
os cruzados tomam a praça e rumam para
Jerusalém, agora sem o rei francês, que
regressara ao seu país depois do cerco de
Acre. Ainda em 1191, em Arsuf, Ricardo
derrotou as forças muçulmanas e ocupou
novamente Jaffa.
Se Ricardo Coração de Leão conseguiu alguns atos notáveis - a conquista de Chipre
(que se tornou um reino latino em 1197), Acre, Jaffa e uma série de vitórias contra
efetivos superiores - também não teve pejo em massacrar prisioneiros (incluindo
mulheres e crianças). Ao garantir a volta do Acre para a mão da cristandade, Ricardo
conquistou o título de Coeur de Lion (Coração de Leão, em francês). Com Saladino,
teve um adversário à altura, combatendo e travando um subtil táctico. Apesar de
inimigos e de de nunca terem se encontrado, Saladino e Ricardo se respeitavam.
Trocaram presentes e honrarias, culminando, em 1192, num acordo: os cristãos
mantinham o que tinham conquistado e obtinham o direito de peregrinação, desde que
desarmados, a Jerusalém (que ficava em mãos muçulmanas). Isso transformou São
João de Acre na capital dos Estados Latinos na Terra Santa. Se esse objetivo principal
falhara, alguns resultados tinham sido obtidos: Saladino vira a sua carreira de vitórias
iniciais entrar num certo impasse e o território de Outremer (o nome que era dado aos
reinos cruzados no oriente) sobrevivera. Com isso terminou a terceira cruzada, que,
embora não tenha conseguido recuperar Jerusalém, consolidou os estados cristãos do
Oriente.
Após a trégua que combinou com Saladino, Ricardo
voltou à Inglaterra sem jamais haver entrado na
cidade santa. Naufragou. Foi preso pelo Duque da
Áustria, cujo estandarte removera das muralhas de
Acre quando da conquista desta cidade, e vendido ao
imperador germânico que o libertou mediante resgate.
A Quarta Cruzada (1202-1204) foi começada
com a intenção de tomar a Terra Santa, então
em mãos muçulmanas, através da conquista do
Egito. Entretanto, a cruzada foi desviada de seu
intuito original e os cruzados, junto aos
venezianos, tomaram e saquearam
Constantinopla, cidade cristã capital do Império
Bizantino. Esse evento levou à fundação do
Império Latino e a consolidação do Grande
Cisma do Oriente entre a Igreja Católica e a
Igreja Ortodoxa.
QUARTA CRUZADA (1202-1204)
A partir de 1198, o Papa Inocêncio III começou a incitar a
cristandade para empreender um novo esforço de cruzada, tendo
tido bastante receptividade junto da nobreza europeia. O prestígio e
capacidade de legislação e de organização eram apanágio deste
papa, o que fazia recair sobre o seu pontificado uma enorme aura
de confiança popular.
A Quarta Cruzada foi empreendida por Balduíno IX, Conde de
Flandres, e por Bonifácio II, Marquês de Montferrant. O transporte
dos exércitos fez-se a partir de Veneza e dos seus barcos, república
comercial que então vivia numa tensão crescente com
Constantinopla depois do massacre de mercadores daquela cidade
italiana em 1182 devido aos privilégios comerciais que detinham..
Se por um lado a pretensão papal desta
cruzada apontava para a destruição do
poderio muçulmano no Egito, por outro a
tensão entre Veneza e os bizantinos acabaria
por influenciar o decurso das operações
militares, cujos objetivos se centravam cada
vez mais em Constantinopla, devido à
intenção veneziana de vingar o massacre dos
seus mercadores. Além disso, o Egito
mantinha boas relações a todos os níveis com
Veneza
Constantinop
la
Os cavaleiros cruzados, liderados por Bonifácio II de Montferrat e
Balduíno IX da Flandres, estavam com dificuldades financeiras para
pagar a os 85 mil marcos de ouro que Veneza pedia pela travessia
dos barcos e exércitos para o Egito. Com suas tropas acampadas na
ilha do Lido, em Veneza, à espera de uma solução para o pagamento
da travessia, receberam uma proposta do doge (duque) veneziano
Enrico Dandolo: em vez de resgatarem Jerusalém por uma incursão
pelo Egito, como era o plano original, tomar, em troca de um
adiantamento, a cidade de Zara (atual Zadar, na Croácia), que havia
sido ocupada pelo rei da Hungria, um cristão. Esta cidade,
efetivamente, veio a cair no poder das hostes cristãs em 1202, contra
a vontade de Inocêncio III, que condenava veementemente a
secularização da quarta cruzada e excomungou mesmo os líderes
venezianos.
Em 1204, os cruzados tomam Constantinopla e coroam Aleixo
IV como imperador bizantino, a par de seu pai, Isaac Ângelo.
Inocêncio III aceita a situação, sonhando com a reaproximação
entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Com novos
impostos a ser lançados para pagar as promessas feitas aos
cruzados, rapidamente a população ficou à beira da revolta.
Contudo, Aleixo foi assassinado pelos bizantinos, o que impele
Veneza a tomar novamente o poder no Bósforo. Para tal,
contaram com o apoio dos cruzados, que em Abril de 1204
assaltaram de novo Constantinopla, submetendo-a a três dias de
massacres e pilhagens, dividindo depois os despojos. Estátuas,
mosaicos, relíquias, riquezas acumuladas durante quase um
milénio foram pilhadas ou destruídas durante os incêndios.
Apesar de enfraquecido, o império bizantino não
desvaneceu, retomando a sua pujança em 1261, quando
Miguel VIII Paleólogo toma o poder. Entretanto, os
cruzados tinham estabelecido uma série de principados
latinos na Grécia, como o ducado de Atenas.
A trégua assinada por Ricardo Coração de Leão em 1191
mantinha-se, apesar da despropositada e desastrosa
quarta cruzada, em pleno século XIII, assegurando a
manutenção dos estados latinos do Levante (Armênia,
Jerusalém, Acre, Trípoli e Chipre) e dos próprios
cruzados.
A Quinta Cruzada (1217-1221), ocorreu pela iniciativa do papa
Inocêncio III, que a propõs em 1215 no quarto Concílio de
Latrão, mas foi somente posta em prática por Honório III, seu
sucessor no trono de São Pedro. O papado havia também
contribuído para desacreditar o ideal das cruzadas, quando delas
se valeu para esmagar os cristãos heterodoxos do sul da França,
na chamada Cruzada albigense. Mesmo assim, o papa Honório
III conseguiu adesões para uma nova expedição.
A cruzada foi liderada por André II, Hungria; Leopoldo VI,
duque da Áustria; João I de Brienne, rei em título de Jerusalém
e Frederico II, imperador do Sacro Império. O imperador
Frederico II concordou em organizar a expedição.
QUNTA CRUZADA
Decidiu-se que para se conquistar Jerusalém era
necessário conquistar o Egito primeiro, uma vez que este
controlava esse território. Em maio de 1218, as tropas de
Frederico II se puseram a caminho do Egito, sob o
comando de João de Brienne. Desembarcados em São
João D'Acre, decidiram atacar Damieta (Dumyat), cidade
que servia de acesso ao Cairo, a capital. Em agosto
atacaram Damietta. Depois de conquistar uma pequena
fortaleza de acesso aguardaram reforços. Em junho,
foram reforçadas pelas tropas papais do cardeal Pelágio
(também conhecido como Paio Galvão). Homem
autoritário, Pelágio não quis subordinar-se a Brienne e
também interferiu constantemente nos assuntos militares.
Depois de alguns combates, e quando tudo
parecia perdido, uma série de crises na liderança
egípcia, permitiam os cruzados ocupar o campo
inimigo. Porém, numa paz negociada em 1219
com os muçulmanos, o incrível aconteceria:
Jerusalém era oferecida aos cristãos, entre
outras cidades, em troca da sua retirada do
Egito. Mas os chefes cruzados, nomeadamente
o cardeal Pelágio, recusaram tal oferta, objetivo
máximo da Cristandade: consideravam que os
muçulmanos não conseguiriam resistir aos
cruzados quando chegasse Frederico II com os
seus exércitos.
Começaram a cercar o porto egípcio de Damieta e depois de algumas batalhas
sofreram uma derrota. O sultão renovou a proposta, mas foi novamente recusada.
Depois de um longo cerco que durou de fevereiro a novembro de 1219 a cidade caiu.
A estratégia posterior requeria assegurar o controle da península do Sinai. Os
conflitos entre os cruzados agudizaram-se e perdeu-se tanto tempo que os egípcios
recuperaram forças. Em julho de 1221, o cardeal ordenou uma ofensiva contra o
Cairo, mas os muçulmanos foram retirando e levando os cruzados a uma armadilha;
sem comida e cercados acabaram por ter de chegar a um acordo: retiravam do Egito e
tinham as vidas salvas. Tiveram também de aceitar uma trégua de oito anos.
Não obtiveram todos os seus objetivos, já que os reforços prometidos por Frederico II
não chegaram, razão pela qual ele foi excomungado pelo papa Gregório IX. Essa foi a
última cruzada para a qual o papado mandou suas próprias tropas
RESUMINDO
1ª Cruzada (1095-1099)
Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa
Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à
Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra
Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e
Edessa
2ª Cruzada (1147-1149)
Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos,
da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno,
porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos
soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à
Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a
formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os
cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente
pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas
3ª Cruzada (1189-1192)
Decidida pelo papa Gregório VIII,
essa Cruzada foi organizada depois
que o sultão Saladino retomou
Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a
participação de Ricardo Coração de
Leão, da Inglaterra; do imperador
Frederico Barbarossa, ou Barba-
Ruiva, do Sacro Império Romano
Germânico; e Filipe Augusto, de
França. Essa Cruzada ficou conhecida
como a Cruzada dos Reis. Nela
Frederico Barba-Ruiva, então com 67
anos, morreu afogado e Ricardo
Coração de Leão assinou com
Saladino um acordo que permitia aos
cristãos peregrinar com segurança até
Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204)
A Quarta Cruzada teve grandes consequências políticas e
religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o
ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu
se deslocar na direção de Constantinopla, os cruzados tomaram
Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros.
5ª Cruzada (1217-1221)
Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso
que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da
Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu
suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se
obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída
por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios,
húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de
Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana
existente sobre o monte Tambor, no Egito.
6ª Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador
Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou.
Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor
e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o
excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano
seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do
Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e
um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos
cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente
perdida mais uma vez. Quando o espírito das
Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX,
levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi
preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto
A Cruzada das crianças (1212)
Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam
estarem possuídas do poder Divino e, por isso,
alcançariam com facilidade e sucesso a posse de
Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da
França e do Sacro Império em direção aos portos do
litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina.
Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na
viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no
Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha,
como escravos para os muçulmanos.
7ª Cruzada (1248-1250)
Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no
Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de
França. Também enfrentou problemas com as cheias do
Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou
capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus
correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um
pesado resgate de 500 mil moedas de ouro.
8ª Cruzada (1270)
Também foi comandada por Luís IX. A situação no
Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada
que em qualquer outro período anterior às demais
Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na
região para defendê-la e auxiliar os peregrinos
encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os
turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a
ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis,
chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos
estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao
mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou
mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em
Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido,
entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais
tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
Conclusão
Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não
conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de
ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas
e em bens.
Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa,
principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande
rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica
civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura
europeia.
Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O
desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A
Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As
universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura
vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e
iluminou-se se comparada com séculos anteriores.
Os equipamentos do cavaleiro.
O Cavaleiro poderia ter até 3 cavalos, 1 escudeiro, mais
um quarto cavalo, de acordo com a decisão do Grão-
mestre.
1 capacete de cota de malha
Proteção para as pernas, no início era de aniagem,
posteriormente de cota de malha.
1 capacete ou chapéu leve cobrindo o auto da cabeça.
Pedaços de armadura para proteger os ombros e os pés
Escudo triangular, cujos lados eram ligeiramente
curvos
Espada, lança, clava turca
3 facas: 1 punhal a esquerda do cinto, 1 faca de bolso e
1 faca muito curta com lâmina comprida
Cruzadas
Produção: Isaias Almeida
Textos: Wikipédia, adaptados
Imagens: Wikipédia e Google Imagens
Scribabr: Reproduza a vontade

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  • 1.
  • 2.
  • 3. Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados durante as Cruzadas. O termo é também usado, por extensão, para descrever, de forma acrítica, qualquer guerra religiosa ou mesmo um movimento político ou moral. O termo cruzada não era conhecido no tempo histórico em que ocorreu. Na época eram usadas, entre outras, as expressões "peregrinação" e "guerra santa". O termo Cruzada surgiu porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo, distinguidos pela cruz aposta a suas roupas. As Cruzadas eram também uma peregrinação, uma forma de pagamento a alguma promessa, ou uma forma de pedir alguma graça, e era considerada uma penitência.
  • 4. Por volta do ano 1000, aumentou muito a peregrinação de cristãos para Jerusalém, pois corria a crença de que o fim dos tempos estava próximo e, por isso, valeria a pena qualquer sacrifício para evitar o inferno. Incidentalmente, as Cruzadas contribuíram muito para o comércio com o Oriente.
  • 5. As Cruzadas receberam esse nome pelo simples motivo das expedições terem em suas bandeiras símbolos de cruz. Até mesmo as roupas tinham grandes cruzes vermelhas ou pretas estampadas. As espadas eram, na verdade, cruzes de ferro. Também os escudos e elmos tinham este símbolo. Que serviam não somente como identificação, mas como proteção espiritual aos cavaleiros.
  • 6. As cruzadas partiram de vários pontos da Europa e invadiram o Império bizantino, até chegarem a Jerusalém, pilhando e matando os mulçumanos em nome da ideia de reconquista da Terra Santa
  • 7. A PRIMEIRA CRUZADA O teatro da primeira cruzada e das demais. O mapa mostra a expansão árabe por volta do século X ÁFRICA
  • 8. DOMÍNIO CATÓLICO CRISTÃO DOMÍNIO DO ISLÃ DOMÍNIO CATÓLICO ORTODOXO GREGO ROTA DA PRIMEIRA CRUZADA
  • 9. A Primeira Cruzada foi proclamada em 1095 pelo papa Urbano II com o objetivo duplo de auxiliar os cristãos ortodoxos do leste e libertar Jerusalém e a Terra Santa do jugo muçulmano. Na verdade, não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de inspiração religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.
  • 10. Começou com um apelo do Imperador Bizantino Aleixo I Comneno ao papa para o envio de mercenários para combater os turcos seljúcidas na Anatólia. Mas a resposta do cristianismo ocidental rapidamente se tornou em uma verdadeira migração de conquista territorial no Levante. Nobreza e povo de várias nações da Europa Ocidental fizeram a peregrinação armada até à Terra Santa, por terra e por mar, e tomaram a cidade de Jerusalém em julho de 1099, criando o Reino Latino de Jerusalém e outros estados cruzados.
  • 11. A Primeira Cruzada representou um marco na mentalidade e nas relações de cristãos ocidentais, cristãos orientais e muçulmanos. Apesar das suas conquistas terem eventualmente sido completamente perdidas, também foi o início da expansão do ocidente que, juntamente com a Reconquista da península Ibérica, resultaria na aventura dos descobrimentos e no imperialismo ocidental.
  • 13. A Segunda Cruzada foi uma expedição bélica dos cristãos do ocidente, proclamada pelo papa Eugénio III em resposta à conquista de Edessa aos cristãos do Levante pelo governador muçulmano Imad ad-Din Zengi em 1144. Pregada pelo carismático São Bernardo de Claraval, ocorreu entre 1147 e 1149 e foi a primeira cruzada liderada por monarcas europeus: Luís VII de França, Leonor da Aquitânia e Conrado III da Germânia.
  • 14. Revelar-se-ia um fracasso absoluto: os cruzados não reconquistaram Edessa nem nenhuma outra praça e deixaram o Reino de Jerusalém em uma posição política mais fraca na região; ao atacar a cidade-estado independente de Damasco que pontualmente se aliava aos ocidentais contra outros líderes muçulmanos mais poderosos, ajudaram à unificação do mundo islâmico do Levante sob o apelo à jihad. Isto acabaria por trazer enorme poder a líderes como Nur ad-Din e Saladino, culminando com a conquista de Jerusalém por este último em 1187.
  • 15. A única vitória para os guerreiros cristãos nesta cruzada faria parte do movimento da Reconquista da Península Ibérica, e dever-se-ia à participação de uma frota na conquista de Lisboa em 1147, sob a solicitação de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Durante a Primeira Cruzada, os nobres peregrinos europeus criaram estados cristãos no Levante, forjados em terras conquistadas aos povos que dominavam estas regiões: turcos seljúcidas e danismendidas, arménios, egípcios do Califado Fatímida do Cairo e cidades-estado muçulmanas.
  • 16. Destes estados cruzados, o Condado de Edessa era o que ficava mais a norte, o único que não possuía região costeira no mar Mediterrâneo, e também o mais fraco e menos povoado; como tal, era menos defensável e estava sujeito a ataques frequentes dos estados muçulmanos circundantes, governados por dinastias ortoquidas, danismendidas e seljúcidas . Em 1104, o conde Balduíno II de Edessa e o seu futuro sucessor Joscelino de Courtenay foram aprisionados após a sua derrota na batalha de Harã, deixando o condado na regência de um rival de Balduíno, Tancredo da Galileia. Depois de libertados em 1108, Balduíno e Joscelino voltariam a ser capturados em 1122, e apesar de o poder de Edessa recuperar um pouco após a vitória na batalha de Azaz em 1125, Joscelino morreria em campanha em 1131. TEMPLÁRIO
  • 17. O seu sucessor Joscelino II foi forçado a aceitar uma aliança com o Império Bizantino, mas em 1143 tanto o imperador João II Comneno como o rei Fulque de Jerusalém morreram. Uma vez que Joscelino tinha entrado em conflito com o conde Raimundo II de Trípoli e o príncipe Raimundo de Antioquia, Edessa ficou sem aliados poderosos na região. Em 1128, o atabei seljúcida Zengi de Mossul conseguira assumir também o governo de Alepo, uma cidade essencial para o domínio da Síria e por muito tempo disputada entre os governantes de Mossul e Damasco. Nas décadas seguintes, Zengi e os reis latinos de Jerusalém centraram muita da sua atenção em Damasco. Em 1129 Balduíno II foi derrotado pelas forças damascenas aliadas a Zengi , mas quando este último tentou tomar a cidade em 1139 e 1140, foi o rei Fulque de Jerusalém quem se aliou a Damasco , em uma ação de diplomacia conduzida do lado muçulmano pelo cronista Usamah ibn Munqidh .
  • 18. No final do ano de 1144, Joscelino II de Edessa aliou-se aos ortoquidas para atacar Alepo. Aproveitando a morte de Fulque no ano anterior, e agora a saída do exército da cidade, Zengi cercou Edessa, que tomaria em cerca de um mês, a 24 de Dezembro. O reino de Jerusalém ainda enviou um exército para ajudar a cidade a resistir, mas este chegou demasiado tarde. Joscelino II continuou a governar o que restava do seu condado a partir de Turbessel, mas o território acabaria por ser tomado pelos muçulmanos, e posteriormente vendido ao Império Bizantino. Aclamado pelo mundo islâmico como defensor da fé e rei vitorioso, Zengi não pôde continuar as suas conquistas aos cristãos devido a conflitos com outros líderes muçulmanos, e seria assassinado por um escravo em 14 de Setembro de 1146, sendo sucedido em Alepo pelo seu filho Nur ad-Din . Com Zengi morto, Joscelino II ainda tentou reconquistar Edessa, mas Nur ad-Din derrotou-o em uma batalha no mês de Novembro.
  • 19. Os primeiros quatro estados cruzados foram criados no Levante imediatamente após a Primeira Cruzada: Condado de Edessa, fundado em 1098, perdido em 1144 Principado de Antioquia, fundado em 1098, perdido em 1268 Reino Latino de Jerusalém, fundado em 1099, perdido em 1291, quando a cidade de Acre caiu. Este tinha vários senhorios vassalos, sendo os quatro principais: Principado da Galileia Condado de Jafa e Ascalão Senhorio da Transjordânia Senhorio de Sídon Condado de Trípoli (na atual cidade libanesa, não na capital Líbia), fundado em 1104, a cidade de Trípoli foi conquistada em 1109 mas o condado só foi perdido em 1288. O Reino Arménio da Cilicia originou-se antes das cruzadas, mas o papa Inocêncio III concedeu-lhe o estatuto de reino e posteriormente foi sem ocidentalizado pela dinastia francesa da Casa de Lusignan.
  • 20. TERCDEIRA CRUZADA (CRUZADA DOS REIS) Papa Gregório VII Felipe Augusto, de França Ricardo, Coração de Leão, da Inglaterra Frederico barba ruiva, do Sacro império Germânico
  • 21. A Terceira Cruzada (1189-1192), pregada pelo Papa Gregório VIII após a tomada de Jerusalém por Saladino em 1187, foi denominada Cruzada dos Reis. É assim denominada pela participação dos três principais soberanos europeus da época: Filipe Augusto (França), Frederico Barbaruiva (Sacro Império Romano Germânico) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra), constituindo a maior força cruzada já agrupada desde 1095. A novidade dessa cruzada foi a participação dos Cavaleiros Teutônicos.
  • 22. O imperador Frederico Barbarossa, atendendo os apelos do papa, partiu com um contingente alemão de Ratisbona e tomou o itinerário danubiano atravessando com sucesso a Ásia Menor. Na Cilícia, ao atravessar o Sélef (hoje Goksu), um dos rios da Anatólia, caiu do cavalo e, não conseguindo se levantar devido ao peso da armadura que vestia, morreu afogado. Da sua morte resultou, na prática, o fim desse núcleo. Ricardo Coração de Leão deixa a Terra Santa.
  • 23. Os franceses e ingleses foram por mar até Acre. Em Abril de 1191 os franceses alcançam Acre, no litoral da Terra Santa, e dois meses depois junta-se-lhes Ricardo. Ao fim de um mês de assédio, os cruzados tomam a praça e rumam para Jerusalém, agora sem o rei francês, que regressara ao seu país depois do cerco de Acre. Ainda em 1191, em Arsuf, Ricardo derrotou as forças muçulmanas e ocupou novamente Jaffa.
  • 24. Se Ricardo Coração de Leão conseguiu alguns atos notáveis - a conquista de Chipre (que se tornou um reino latino em 1197), Acre, Jaffa e uma série de vitórias contra efetivos superiores - também não teve pejo em massacrar prisioneiros (incluindo mulheres e crianças). Ao garantir a volta do Acre para a mão da cristandade, Ricardo conquistou o título de Coeur de Lion (Coração de Leão, em francês). Com Saladino, teve um adversário à altura, combatendo e travando um subtil táctico. Apesar de inimigos e de de nunca terem se encontrado, Saladino e Ricardo se respeitavam. Trocaram presentes e honrarias, culminando, em 1192, num acordo: os cristãos mantinham o que tinham conquistado e obtinham o direito de peregrinação, desde que desarmados, a Jerusalém (que ficava em mãos muçulmanas). Isso transformou São João de Acre na capital dos Estados Latinos na Terra Santa. Se esse objetivo principal falhara, alguns resultados tinham sido obtidos: Saladino vira a sua carreira de vitórias iniciais entrar num certo impasse e o território de Outremer (o nome que era dado aos reinos cruzados no oriente) sobrevivera. Com isso terminou a terceira cruzada, que, embora não tenha conseguido recuperar Jerusalém, consolidou os estados cristãos do Oriente.
  • 25. Após a trégua que combinou com Saladino, Ricardo voltou à Inglaterra sem jamais haver entrado na cidade santa. Naufragou. Foi preso pelo Duque da Áustria, cujo estandarte removera das muralhas de Acre quando da conquista desta cidade, e vendido ao imperador germânico que o libertou mediante resgate.
  • 26. A Quarta Cruzada (1202-1204) foi começada com a intenção de tomar a Terra Santa, então em mãos muçulmanas, através da conquista do Egito. Entretanto, a cruzada foi desviada de seu intuito original e os cruzados, junto aos venezianos, tomaram e saquearam Constantinopla, cidade cristã capital do Império Bizantino. Esse evento levou à fundação do Império Latino e a consolidação do Grande Cisma do Oriente entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. QUARTA CRUZADA (1202-1204)
  • 27. A partir de 1198, o Papa Inocêncio III começou a incitar a cristandade para empreender um novo esforço de cruzada, tendo tido bastante receptividade junto da nobreza europeia. O prestígio e capacidade de legislação e de organização eram apanágio deste papa, o que fazia recair sobre o seu pontificado uma enorme aura de confiança popular. A Quarta Cruzada foi empreendida por Balduíno IX, Conde de Flandres, e por Bonifácio II, Marquês de Montferrant. O transporte dos exércitos fez-se a partir de Veneza e dos seus barcos, república comercial que então vivia numa tensão crescente com Constantinopla depois do massacre de mercadores daquela cidade italiana em 1182 devido aos privilégios comerciais que detinham..
  • 28. Se por um lado a pretensão papal desta cruzada apontava para a destruição do poderio muçulmano no Egito, por outro a tensão entre Veneza e os bizantinos acabaria por influenciar o decurso das operações militares, cujos objetivos se centravam cada vez mais em Constantinopla, devido à intenção veneziana de vingar o massacre dos seus mercadores. Além disso, o Egito mantinha boas relações a todos os níveis com Veneza Constantinop la
  • 29. Os cavaleiros cruzados, liderados por Bonifácio II de Montferrat e Balduíno IX da Flandres, estavam com dificuldades financeiras para pagar a os 85 mil marcos de ouro que Veneza pedia pela travessia dos barcos e exércitos para o Egito. Com suas tropas acampadas na ilha do Lido, em Veneza, à espera de uma solução para o pagamento da travessia, receberam uma proposta do doge (duque) veneziano Enrico Dandolo: em vez de resgatarem Jerusalém por uma incursão pelo Egito, como era o plano original, tomar, em troca de um adiantamento, a cidade de Zara (atual Zadar, na Croácia), que havia sido ocupada pelo rei da Hungria, um cristão. Esta cidade, efetivamente, veio a cair no poder das hostes cristãs em 1202, contra a vontade de Inocêncio III, que condenava veementemente a secularização da quarta cruzada e excomungou mesmo os líderes venezianos.
  • 30. Em 1204, os cruzados tomam Constantinopla e coroam Aleixo IV como imperador bizantino, a par de seu pai, Isaac Ângelo. Inocêncio III aceita a situação, sonhando com a reaproximação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Com novos impostos a ser lançados para pagar as promessas feitas aos cruzados, rapidamente a população ficou à beira da revolta. Contudo, Aleixo foi assassinado pelos bizantinos, o que impele Veneza a tomar novamente o poder no Bósforo. Para tal, contaram com o apoio dos cruzados, que em Abril de 1204 assaltaram de novo Constantinopla, submetendo-a a três dias de massacres e pilhagens, dividindo depois os despojos. Estátuas, mosaicos, relíquias, riquezas acumuladas durante quase um milénio foram pilhadas ou destruídas durante os incêndios.
  • 31. Apesar de enfraquecido, o império bizantino não desvaneceu, retomando a sua pujança em 1261, quando Miguel VIII Paleólogo toma o poder. Entretanto, os cruzados tinham estabelecido uma série de principados latinos na Grécia, como o ducado de Atenas. A trégua assinada por Ricardo Coração de Leão em 1191 mantinha-se, apesar da despropositada e desastrosa quarta cruzada, em pleno século XIII, assegurando a manutenção dos estados latinos do Levante (Armênia, Jerusalém, Acre, Trípoli e Chipre) e dos próprios cruzados.
  • 32. A Quinta Cruzada (1217-1221), ocorreu pela iniciativa do papa Inocêncio III, que a propõs em 1215 no quarto Concílio de Latrão, mas foi somente posta em prática por Honório III, seu sucessor no trono de São Pedro. O papado havia também contribuído para desacreditar o ideal das cruzadas, quando delas se valeu para esmagar os cristãos heterodoxos do sul da França, na chamada Cruzada albigense. Mesmo assim, o papa Honório III conseguiu adesões para uma nova expedição. A cruzada foi liderada por André II, Hungria; Leopoldo VI, duque da Áustria; João I de Brienne, rei em título de Jerusalém e Frederico II, imperador do Sacro Império. O imperador Frederico II concordou em organizar a expedição. QUNTA CRUZADA
  • 33. Decidiu-se que para se conquistar Jerusalém era necessário conquistar o Egito primeiro, uma vez que este controlava esse território. Em maio de 1218, as tropas de Frederico II se puseram a caminho do Egito, sob o comando de João de Brienne. Desembarcados em São João D'Acre, decidiram atacar Damieta (Dumyat), cidade que servia de acesso ao Cairo, a capital. Em agosto atacaram Damietta. Depois de conquistar uma pequena fortaleza de acesso aguardaram reforços. Em junho, foram reforçadas pelas tropas papais do cardeal Pelágio (também conhecido como Paio Galvão). Homem autoritário, Pelágio não quis subordinar-se a Brienne e também interferiu constantemente nos assuntos militares.
  • 34. Depois de alguns combates, e quando tudo parecia perdido, uma série de crises na liderança egípcia, permitiam os cruzados ocupar o campo inimigo. Porém, numa paz negociada em 1219 com os muçulmanos, o incrível aconteceria: Jerusalém era oferecida aos cristãos, entre outras cidades, em troca da sua retirada do Egito. Mas os chefes cruzados, nomeadamente o cardeal Pelágio, recusaram tal oferta, objetivo máximo da Cristandade: consideravam que os muçulmanos não conseguiriam resistir aos cruzados quando chegasse Frederico II com os seus exércitos.
  • 35. Começaram a cercar o porto egípcio de Damieta e depois de algumas batalhas sofreram uma derrota. O sultão renovou a proposta, mas foi novamente recusada. Depois de um longo cerco que durou de fevereiro a novembro de 1219 a cidade caiu. A estratégia posterior requeria assegurar o controle da península do Sinai. Os conflitos entre os cruzados agudizaram-se e perdeu-se tanto tempo que os egípcios recuperaram forças. Em julho de 1221, o cardeal ordenou uma ofensiva contra o Cairo, mas os muçulmanos foram retirando e levando os cruzados a uma armadilha; sem comida e cercados acabaram por ter de chegar a um acordo: retiravam do Egito e tinham as vidas salvas. Tiveram também de aceitar uma trégua de oito anos. Não obtiveram todos os seus objetivos, já que os reforços prometidos por Frederico II não chegaram, razão pela qual ele foi excomungado pelo papa Gregório IX. Essa foi a última cruzada para a qual o papado mandou suas próprias tropas
  • 37. 1ª Cruzada (1095-1099) Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e Edessa 2ª Cruzada (1147-1149) Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas 3ª Cruzada (1189-1192) Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba- Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.
  • 38. 4ª Cruzada (1202-1204) A Quarta Cruzada teve grandes consequências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla, os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. 5ª Cruzada (1217-1221) Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito. 6ª Cruzada (1228-1229) A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto
  • 39. A Cruzada das crianças (1212) Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder Divino e, por isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos portos do litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina. Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha, como escravos para os muçulmanos. 7ª Cruzada (1248-1250) Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado resgate de 500 mil moedas de ouro. 8ª Cruzada (1270) Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
  • 40. Conclusão Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens. Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura europeia. Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores.
  • 41. Os equipamentos do cavaleiro. O Cavaleiro poderia ter até 3 cavalos, 1 escudeiro, mais um quarto cavalo, de acordo com a decisão do Grão- mestre. 1 capacete de cota de malha Proteção para as pernas, no início era de aniagem, posteriormente de cota de malha. 1 capacete ou chapéu leve cobrindo o auto da cabeça. Pedaços de armadura para proteger os ombros e os pés Escudo triangular, cujos lados eram ligeiramente curvos Espada, lança, clava turca 3 facas: 1 punhal a esquerda do cinto, 1 faca de bolso e 1 faca muito curta com lâmina comprida
  • 42. Cruzadas Produção: Isaias Almeida Textos: Wikipédia, adaptados Imagens: Wikipédia e Google Imagens Scribabr: Reproduza a vontade